20.11.11

Dor e dor

É uma grande contradição: quem pratica esporte está sempre convivendo com a dor. Não era pra ser o contrário? Nós, os esportistas, devíamos ser os mais saudáveis, os que nunca adoecem, os que nunca sentem dor. Mas aí vem a dor e a dor...  Tem aquela dor inerente ao crescimento, sabe? Sim, crescer dói. Se desenvolver dói. Ampliar seus limites dói. Essas deveriam ser as únicas dores de quem faz atividade física, mas aí vem a outra dor. Aquela do overtraining, da lesão, da queda, aquela que te impede de ser esportista.

O difícil é reconhecer e diferenciar a dor. Quando sinto alguma dor sempre fico me questionando se não é alguma frescura minha, auto-sabotagem ou é mesmo algo sério. Tento resolver em casa, tomo um remedinho, descanso, boto gelo. Tenho medo do ortopedista me achar uma hipocondríaca que marca uma consulta por qualquer unha quebrada. Vou adiando, diminuindo o ritmo, até o dia em que acordo caxingando sem conseguir colocar o pé no chão. Agora já posso marcar o médico, a dor é séria. Só tem vaga pra duas semanas, até lá descanso total. No dia da consulta as dores já não são tão fortes, pois suspendi a atividade física, e o médico me lança um olhar que não decifro. Será que ele pensa que eu tô exagerando? Ele parece não acreditar que há duas semanas eu tava realmente mancando!

Raio-X e Ultrassom estão lá pra comprovar: não estou ficando louca nem sou hipocondríaca. O diagnóstico: uma bursite no lado esquerdo do quadril. E agora, Doutor? Suspende corrida e musculação. Faz fisioterapia e RPG. Na conversa com o ortopedista, depois de várias perguntas, chegamos a conclusão de que este trauma "nasceu" há 3 meses de uma inocente queda de bicicleta que na época parecia ter gerado apenas alguns hematomas. Como eu poderia supor que as coisas não tinham se arrumado direito aqui dentro após a queda? Sentia uma dorzinha tão pequena que só poderia ser frescura minha. Aí vem o dilema: ir ao médico com uma dorzinha pra ela não virar uma dorzona é frescura ou prevenção? Bem difícil dizer. Nesse caso foi um grande vacilo meu.

No caso de dúvida, vá ao médico. É a regra agora. Vamos fazer bom uso desses planos de saúde caríssimos que, graças a Deus, usamos muito pouco. Bom, se o médico achar que é paranoia ou hipocondria,  que ele encaminhe para um psicólogo. O que não dá é pra conviver com dores chatas e que não nos fazem crescer!!


2 comentários:

  1. Concordo totalmente, Aline Maria!

    Abraço.

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  2. É, Aline... dureza...
    Desculpe-me a demora em vir aqui postar! Bjs e boa recuperação!

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