Não lembro a última vez que a gente tinha ido correr naquela trilha. Fazia alguns meses, não chegava a um ano. Não era tanto tempo assim para tantas mudanças. Árvores que margeavam o caminho e o tornavam mais agradável e sombreado agora eram uma clareira preta e fumacenta. Uma das subidas foi pavimentada e perdeu um pouco da sua dificuldade. Em menos de 3km, encontramos dois bichos mortos: um passarinho carbonizado e uma cobra (parecia uma jibóia) com um buraco na cabeça.
Estávamos a 17km de Teresina, ao lado de um condomínio que se propõe a ser meio casa, meio sítio, uma coisa assim de "morar próximo à cidade, mas em meio a natureza". Mas, que natureza? Fiquei espantada com a velocidade e a ferocidade que avançamos a dita urbanização sobre as nossas áreas verdes e seus habitantes naturais. É típico dos nossos condomínios suburbanos chiques: arrancam todas as árvores nativas, plantam algumas cercas vivas, umas palmeirinhas e vendem a natureza ideal de muitos: asséptica, falsa e controlada.
Dentro da cidade a coisa não melhora. Afinal, se eu tenho que sair de Teresina para encontrar um percurso que não seja pavimentado ou asfaltado e que tenha muitas árvores para amenizar o calor é porque nossos espaços urbanos públicos estão cada vez menos arborizados, mais pavimentados e consequentemente quentes. É inevitável lembrar de Buenos Aires, que conheci recentemente, com suas praças e parques urbanos. Mais do que o tango e os alfajores, para mim a melhor coisa desta cidade foi a sua área verde. Morria de inveja toda vez que passava por um corredor fazendo seu treino num piso de terra batida, em meio a tantas árvores enormes e frondosas, e o melhor: bem pertinho de uma estação de metrô ou uma parada de ônibus.
O que me deixa mais triste não é saber que estamos no caminho errado, mas a velocidade com o qual o percorremos. Medo dessa linha de chegada.
ugly before
17.12.14
3.9.14
Corrida, consumismo e publipost.
Foto: Oficina de Estilo |
Um dia desses postei no instagram uma foto da blusa que usei na Meia do Rio de 2009 e fiquei me perguntando porque andei comprando tanta roupa de corrida. Essa blusa tem 5 anos e ainda tá boazinha: não rasgou, o suor não impregnou (ieco!) e ainda fez parte de uma ótima história. Como ela eu tinha muitas outras que aos poucos fui doando para dar espaço às novas roupas. Mas se estas ainda serviam, pq fui comprar outras?
Eu sei que correr no parque ou na avenida movimentada pode ser um evento social. Tem gente que corre até de blush. Você quer ir bonita e tal, mas sei não... será que não dá pra ficar arrumadinha usando aquela blusa que veio num kit de corrida mês passado? É preciso mesmo ir com a nova coleção da Nike da cabeça aos pés?
"Ahh mas aquela fit girl do instagram sempre tá tão linda de roupa nova" - Sim, e você sabe que ela ganhou muitas daquelas roupas para fazer um #publipost. E sabe qual é o objetivo desse "post pago"? É exatamente você ter vontade de ir todo dia para a academia com um look novinho e lindo como aquele. A diferença é que você vai ter que gastar seu dinheirinho suado. E ainda deixar de usá-lo para algo que você realmente precisa.
Mais uma vez eu estou aqui falando sobre a influência que as pessoas tem no mundo virtual. É que eu acho que muitas vezes as pessoas não se dão conta do poder que elas tem de fazer o bem ou de simplesmente estimular um consumo vazio. E em troco de quê? Não sei se por algumas roupas no guarda-roupa ou se por muito dinheiro. Só sei que o mundo anda muito egoísta... e eu não sei pra onde estamos indo.
26.8.14
Atenção e realidade.
[um pequeno desabafo]
"A realidade está onde você coloca sua atenção".
Ou será que você tem tantos inimigos assim?
Você não está vendo moscas onde há flores?
O que te perturba? São os sons externos ou uma voz interna?
Será que minha vida desperta tanta inveja quanto eu suponho?
As pessoas ao meu redor estão me atacando ou estou cega e me esbarro nelas?
Será que alguém realmente se importa se você corre 5 ou 42km, se seu filho tira as melhores notas da sala, se você tá namorando ou se você se separou, se você ganha 2mil, 4 mil ou está desempregado.
Será que minha felicidade só é válida se ela despertar nos outros um desejo de ser igual a mim?
Só sou verdadeiramente feliz se for mais feliz do que os outros?
Para onde eu estou olhando mais: pra dentro ou pra fora?
Como eu estou vendo os outros?
Como eu estou me vendo?
Change your thoughts, and you change your world.
13.8.14
Corrida não é terapia.
Hoje li um texto na Runner's World que me fez pensar bastante sobre essa associação que muitos fazem entre corrida e terapia. É comum vermos corredores e entusiastas da corrida compartilhando em redes sociais fotos motivadoras com dizeres "Corrida é a minha terapia", "Correr é mais barato do que um psicólogo" ou algo do tipo. Eu entendo que as pessoas tem boa intenção e não falam isso por mal. Talvez elas queiram apenas ressaltar que a corrida vai além do bem estar físico e traz benefícios mentais também. É inegável que quando corremos aliviamos o stress do dia a dia, pensamos melhor sobre nossos problemas, temos boas ideias, nossa auto-estima melhora e nos sentimos mais dispostos para as atividades diárias. Para muitos isto é suficiente para garantir um bem estar mental, mas para outros não.
Como bem colocou o autor na Runner's, para algumas pessoas a corrida, por si só, não vai - e nem pode - cicatrizar todas as feridas, mesmo que você tenha o melhor companheiro de corrida do mundo. Sugerir o contrário, mesmo em tom de brincadeira, é leviano e faz um verdadeiro desserviço para os corredores. Além disso, esse tipo de associação entre corrida e terapia banaliza toda uma classe de profissionais. Psiquiatras e psicólogos não são apenas ouvintes pagos. Eles são profissionais que são capacitados para diagnosticar, prevenir e tratar doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade.
Propagar que a corrida pode substituir uma sessão de terapia apenas alimenta a resistência que muitos tem em procurar ajuda profissional por considerarem as doenças mentais menos graves que as doenças do corpo. É reforçar o preconceito de que alguém "fica deprimida porque quer", "quem precisa de psicólogo é louco" ou "ansiedade é coisa de quem não tem o que fazer". É perfeitamente aceitável que em algum momento da vida um corredor precise de terapia tanto quanto um sedentário. Não é sinal de fraqueza admitir isso, nem é sinal de que a corrida "não funciona". Provavelmente a corrida será um fator positivo no tratamento, mas ela não o substitui.
Dito tudo isso, achei bem infeliz a nova campanha da Puma, #RUNTHERAPY. A marca divulgou um video com o título "Eu sou a rua, sua melhor terapeuta" cuja descrição é a seguinte: "Cada corredor tem um motivo para correr. Alguns correm pela estética, para superarem a si próprios ou até por indicação médica. Muitos dizem que a corrida é terapêutica e que a rua é a melhor terapeuta. E você, por que corre?". Se um post de um único corredor atinge algumas centenas de pessoas, imaginem quantas pessoas são atingidas por uma campanha da magnitude dessa marca esportiva. Acho no mínimo irresponsável supor que todos terão discernimento para entender as boas intenções da marca.
Enfim, um desserviço para corredores e para a psicologia.
Como bem colocou o autor na Runner's, para algumas pessoas a corrida, por si só, não vai - e nem pode - cicatrizar todas as feridas, mesmo que você tenha o melhor companheiro de corrida do mundo. Sugerir o contrário, mesmo em tom de brincadeira, é leviano e faz um verdadeiro desserviço para os corredores. Além disso, esse tipo de associação entre corrida e terapia banaliza toda uma classe de profissionais. Psiquiatras e psicólogos não são apenas ouvintes pagos. Eles são profissionais que são capacitados para diagnosticar, prevenir e tratar doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade.
Propagar que a corrida pode substituir uma sessão de terapia apenas alimenta a resistência que muitos tem em procurar ajuda profissional por considerarem as doenças mentais menos graves que as doenças do corpo. É reforçar o preconceito de que alguém "fica deprimida porque quer", "quem precisa de psicólogo é louco" ou "ansiedade é coisa de quem não tem o que fazer". É perfeitamente aceitável que em algum momento da vida um corredor precise de terapia tanto quanto um sedentário. Não é sinal de fraqueza admitir isso, nem é sinal de que a corrida "não funciona". Provavelmente a corrida será um fator positivo no tratamento, mas ela não o substitui.
Dito tudo isso, achei bem infeliz a nova campanha da Puma, #RUNTHERAPY. A marca divulgou um video com o título "Eu sou a rua, sua melhor terapeuta" cuja descrição é a seguinte: "Cada corredor tem um motivo para correr. Alguns correm pela estética, para superarem a si próprios ou até por indicação médica. Muitos dizem que a corrida é terapêutica e que a rua é a melhor terapeuta. E você, por que corre?". Se um post de um único corredor atinge algumas centenas de pessoas, imaginem quantas pessoas são atingidas por uma campanha da magnitude dessa marca esportiva. Acho no mínimo irresponsável supor que todos terão discernimento para entender as boas intenções da marca.
Enfim, um desserviço para corredores e para a psicologia.
8.1.13
Tênis para se aventurar
"A" escolha: Salomon Speed Cross |
O diretor da K42 Bombinhas resumiu bem a situação: "Si hay lama deben ser tenis de trekking (Salomon, Asics Trabuco, etc). Si las trilhas están secas tenis más leves, para que no pesen tanto en las praias!!" Entenderam, menines? Sem dúvida, o campeão de recomendações foi o Salomon Speed Cross. Todo mundo só fala mil maravilhas desse tênis. Várias pessoas deram depoimentos de correr lindamente Bombinhas e outras trails usando o Speed Cross. O problema é que deve ser difícil encontrá-lo pra vender aqui no Brasil e ele não é um tênis barato, então é meio arriscado comprá-lo sem provar, né?
No quesito custo/benefício o tênis mais indicado foi o Asics Trabuco. Segundo a maioria ele é um tênis muito bom, com a ressalva de ser um pouco pesado. Além dele, outros da Asics também foram citados como opções de tênis "bom e barato": o Gel-Fuji Attack disseram que dá conta do recado mesmo molhado e o Tambora é o mais barato dos três.
Ainda foi mencionado o New Balance 573 como boa opção para quem não pode investir R$500,00 num Salomon e o Adidas Kanadia como um tênis barato, leve e com bom amortecimento. Enfim, gostei de saber que existem realmente boas opções (testadas e aprovadas em corridas de aventura) com preços mais acessíveis. Infelizmente como em Teresina é difícil encontrar tênis para trilhas, vou ter que esperar minha próxima viagem para testar todos esses que citei e fazer a minha escolha. Espero ter ajudado! :)
Ainda foi mencionado o New Balance 573 como boa opção para quem não pode investir R$500,00 num Salomon e o Adidas Kanadia como um tênis barato, leve e com bom amortecimento. Enfim, gostei de saber que existem realmente boas opções (testadas e aprovadas em corridas de aventura) com preços mais acessíveis. Infelizmente como em Teresina é difícil encontrar tênis para trilhas, vou ter que esperar minha próxima viagem para testar todos esses que citei e fazer a minha escolha. Espero ter ajudado! :)
6.1.13
O primeiro treino na praia
Apesar de ainda não ter oficialmente começado o treino para Bombinhas, eu aproveitei o final de semana no litoral para treinar pela primeira vez na praia. Não que eu nunca tivesse corrido na areia, mas dessa vez eu tinha um pace e uma distância a cumprir. Foram os melhores e mais difíceis 5km da minha vida!
Pra minha sorte o tempo estava nublado e eu pude começar a correr umas dez da manhã sem me preocupar com o calor típico desse horário. Com protetor solar - é importante! Logo nos primeiros passos, ao sentir o tênis afundar na areia molhada eu percebi que aquilo era a whole new world. Sentia que estava correndo pesadamente, era custoso manter o movimento da corrida e a minha expectativa era pelo menos manter 7’/km. Para a minha surpresa, quando olhei pro relógio eu estava a 6’20”/km.
Por volta do km 3 começou a cair uma chuva de pingos finos e o horizonte e o mar ficaram monocromáticos, um cinza tão lindo. Queria estar com uma câmera lá pra fotografar, mas duvido que captaria a beleza que eu via. Foi um daqueles instantes que temos de vez em quando, em que uma onda de felicidade nos invade e a vida parece perfeita. Foi assim que me senti, correndo na chuva, com bons pensamentos, numa praia deserta, num dia cinza.
Sobre a roupas certas pra correr na praia, antes de viajar pensei se ia correr de top esportivo ou não; eu, muito mulherzinha, não queria reforçar a marca que já existe (e odeio), mas também não queria acelerar o efeito da gravidade. Oh, que dilema da mulher moderna...
Vocês, que são garotas espertas, correm na praia de top, biquíni ou blusa de manga comprida? Eu pretendo voltar pro litoral em breve.
ps. As fotos são do dia seguinte, quando fui caminhar e levei o celular comigo. :)
Por volta do km 3 começou a cair uma chuva de pingos finos e o horizonte e o mar ficaram monocromáticos, um cinza tão lindo. Queria estar com uma câmera lá pra fotografar, mas duvido que captaria a beleza que eu via. Foi um daqueles instantes que temos de vez em quando, em que uma onda de felicidade nos invade e a vida parece perfeita. Foi assim que me senti, correndo na chuva, com bons pensamentos, numa praia deserta, num dia cinza.
Sobre a roupas certas pra correr na praia, antes de viajar pensei se ia correr de top esportivo ou não; eu, muito mulherzinha, não queria reforçar a marca que já existe (e odeio), mas também não queria acelerar o efeito da gravidade. Oh, que dilema da mulher moderna...
Vocês, que são garotas espertas, correm na praia de top, biquíni ou blusa de manga comprida? Eu pretendo voltar pro litoral em breve.
ps. As fotos são do dia seguinte, quando fui caminhar e levei o celular comigo. :)
2.1.13
A minha graaaaande meta para 2013!
Podem me chamar de louca, mas a minha maior meta na corrida para 2013 é estrear nos 42km em uma maratona de aventura. Muitas pessoas já me aconselharam a fazer uma maratona "normal" antes de querer pular para o nível avançado. E eu compreendo completamente o ponto de vista de quem pensa assim. Faz sentido, é mais lógico e coerente, mas... existe algo coerente quando se está falando de correr uma maratona? Eu desconfio apenas que eu seja um pouco mais louca do que a maioria.
Soa falso e ilusório prometer treinar com afinco quando se está escrevendo isso no segundo dia do ano. Mas a verdade é essa e não existe nada além. Na minha cabeça eu acho que se eu cumprir os treinos e não me lesionar até o dia da prova, é natural que eu consiga completar a prova. Claro que vou sofrer muito mais do que todas as outras pessoas que tem maratonas e corridas de aventura em seus currículos. Eu tenho plena consciência disso e abraço o sofrimento como parte da singularidade dessa corrida.
A prova em questão é a K42 Bombinhas Adventure Marathon. De hoje em diante vai ser chamada simplesmente de Bombinhas por aqui... já estamos íntimas! Eu tenho visto tantos vídeos do percurso da prova que tenho certeza que se chegasse lá hoje não precisaria nem de mapa pra me localizar na região. A data da corrida é dia 17 de agosto. Ou seja, tenho tempo suficiente para me preparar. Só ainda não sei ao certo como será essa preparação, mas vamos ter alguns meses para descobrirmos juntos.
E aqui eu tenho que fazer um agradecimento ao @K42_Bombinhas por me ajudar na escolha de tênis específicos para corridas de aventura e também por me proporcionar o contato com tantos corredores generosos e solícitos. Vários corredores experientes muito mais dispostos a dividir conhecimento do que ficar contando vantagem de suas corridas. Ainda nem comecei a treinar, mas essa corrida já está sendo uma lição.
O meu sonho? Correr assim - leve e sorridente como a Rosalia Camargo. A pessoa que mais me inspirou para definir essa meta de 2013. Obrigada!
Soa falso e ilusório prometer treinar com afinco quando se está escrevendo isso no segundo dia do ano. Mas a verdade é essa e não existe nada além. Na minha cabeça eu acho que se eu cumprir os treinos e não me lesionar até o dia da prova, é natural que eu consiga completar a prova. Claro que vou sofrer muito mais do que todas as outras pessoas que tem maratonas e corridas de aventura em seus currículos. Eu tenho plena consciência disso e abraço o sofrimento como parte da singularidade dessa corrida.
A prova em questão é a K42 Bombinhas Adventure Marathon. De hoje em diante vai ser chamada simplesmente de Bombinhas por aqui... já estamos íntimas! Eu tenho visto tantos vídeos do percurso da prova que tenho certeza que se chegasse lá hoje não precisaria nem de mapa pra me localizar na região. A data da corrida é dia 17 de agosto. Ou seja, tenho tempo suficiente para me preparar. Só ainda não sei ao certo como será essa preparação, mas vamos ter alguns meses para descobrirmos juntos.
E aqui eu tenho que fazer um agradecimento ao @K42_Bombinhas por me ajudar na escolha de tênis específicos para corridas de aventura e também por me proporcionar o contato com tantos corredores generosos e solícitos. Vários corredores experientes muito mais dispostos a dividir conhecimento do que ficar contando vantagem de suas corridas. Ainda nem comecei a treinar, mas essa corrida já está sendo uma lição.
O meu sonho? Correr assim - leve e sorridente como a Rosalia Camargo. A pessoa que mais me inspirou para definir essa meta de 2013. Obrigada!
30.12.12
Seja feliz, 2013
Walter Franco e 2012 dão a receita.
"Tudo é uma questão de manter:
a mente quieta,
a espinha ereta
e o coração tranquilo."
27.12.12
São Silvestre pela primeira vez!
No último dia do ano duas pessoas muito queridas que conheci através desse blog irão correr pela primeira vez a São Silvestre. A Fran de Brasília e a minha xará Aline, que mora em São Paulo. Durante o ano acompanhei através dos seus posts o treinamento delas, suas expectativas e ansiedade pré-prova. Mas agora que faltam poucos dias para a prova e não há muito mais o que fazer além de descansar, pensei em como poderia dar uma força para elas mesmo estando distante.
A forma que encontrei foi fazer uma listinha de mantras para a corrida. [Just in case!] Aquelas palavrinhas mágicas que repetimos mentalmente nos momentos difíceis e nos ajudam a manter o foco e a determinação. Palavras que afastam os maus pensamentos, a negatividade ou a voz daquele diabinho que diz pra gente que não faz mal caminhar um pouquinho. Dizem que a São Silvestre tem umas ladeiras malvadas, então se alguém pensar em fraquejar, aqui vai uma inspiração para continuar...
"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Haruki Murakami
"O sofrimento é passageiro, desistir é pra sempre". Lance Armstrong
"Run without any regrets". Shalane Flanagan
“To give anything less than your best is to sacrifice the gift.” Steve Prefontaine
"Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar" - Dory do Procurando Nemo :)
Boa São Silvestre para todos e especialmente para quem for correr pela primeira vez. Muito feliz por vocês!!!
ps. Quem quiser sugerir outros mantras legais, fique a vontade! :)
26.12.12
Sobre amizade e competitividade na corrida
Li uma entrevista da Shalane Flanagan para a Women's Running semana passada [dica do Danilo do Recorrido! :)] e só hoje tive tempo de compartilhar. É bem papo de mulherzinha (Gil talk); falando sobre o dia a dia, alimentação, mantras, melhor treino, etc. Aqui, a minha parte preferida, que é quando ela fala sobre amizade na corrida e como ela lida com a competitividade entre atletas amigas.
WR: Describe what your running girlfriends mean to you.
SF: I find a lot of joy in the running journey and sharing that with my training partners is very rewarding. I just feel like it’s a lot more meaningful and enriching when I can share my running with others. We go through a lot on a daily basis together (a lot of ups and downs with our training and in life) so it just makes those races a little more powerful because we’ve gone through so much to get to that point. I have some really great relationships through running.
WR: How do you put competition aside to forge friendships?
SF: Since my competitiveness only comes out on race day, I’m really good at executing the training goal for the day and helping my training partners get better. That’s what we’re ultimately striving for – getting the best out of ourselves. But we wouldn’t be great athletes if we weren’t competitive, so on race day I want my friends to be competitive too. I want the best version of Kara [Kara Goucher is Flanagan’s training partner] on the starting line. I want all of my competitors to be their best so that if I do win, it’s more meaningful. I feel empowered by having my teammate next to me competing. I feel like we’ve done a lot of hard work together, so I feel like I have a secret weapon next to me.
Fonte: Shalane |
SF: I find a lot of joy in the running journey and sharing that with my training partners is very rewarding. I just feel like it’s a lot more meaningful and enriching when I can share my running with others. We go through a lot on a daily basis together (a lot of ups and downs with our training and in life) so it just makes those races a little more powerful because we’ve gone through so much to get to that point. I have some really great relationships through running.
WR: How do you put competition aside to forge friendships?
SF: Since my competitiveness only comes out on race day, I’m really good at executing the training goal for the day and helping my training partners get better. That’s what we’re ultimately striving for – getting the best out of ourselves. But we wouldn’t be great athletes if we weren’t competitive, so on race day I want my friends to be competitive too. I want the best version of Kara [Kara Goucher is Flanagan’s training partner] on the starting line. I want all of my competitors to be their best so that if I do win, it’s more meaningful. I feel empowered by having my teammate next to me competing. I feel like we’ve done a lot of hard work together, so I feel like I have a secret weapon next to me.
Não é uma fofa? Pra finalizar: um vídeo da Competitor em que Shalane e Kara fazem piada com a rivalidade entre elas. Sou fã :)
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