A ideia desse post surgiu depois da aula passada de ballet. O professor passou a aula inteira me corrigindo. Eu poderia ter odiado e me sentido a pior aluna da turma, mas na verdade saí exultante achando aquela foi a melhor aula que fiz até agora. Por quê? Simplesmente porque foi a aula em que mais aprendi. A cada rotina eu torcia para que o professor se aproximasse da barra para me corrigir e ao mesmo tempo me esforçava mais ainda para que ao se aproximar ele encontrasse menos defeitos a serem corrigidos. Sei que é um saco quando só apontam seus erros e não te ajudam em nada a consertá-los. Isso sim dá raiva. Mas quando você encontra alguém disposto a te ajudar a identificar e superar suas deficiências você só sente gratidão.
Não é fácil identificar sozinho seus erros, seja no ballet ou na corrida (e em muitas outras coisas). Você sempre imagina estar fazendo o movimento certo e da melhor forma possível. Bom, essa é a intenção. E ainda que você tenha uma consciência corporal tremenda, ouvir alguém de sua confiança é de grande valia para melhorar. É tão bom quando você já tá no final de um treino cansativo e um amigo te fala para abrir os ombros porque você tá curvado ou fala pra você se alinhar porque você tá correndo "sentado". E eu aposto que você vai lembrar do seu amigo e dos conselhos dele quando você estiver no final de outro treino, sozinho e cansado. Sim, eu aprendo com meus amigos.
Quem pensa que só aprende com professor e com gente mais velha está desperdiçando muitas chances. Eu aprendo também com gente mais nova do que eu. Experiência não tem nada a ver com idade. Um dia desses uma menina dez anos mais nova do que eu - e muito solícita - me ensinava exercícios de alongamento e flexibilidade. Ora, ela dança desde os 3 anos de idade. Como não aprender com ela? Aprender para ensinar também, claro. Assim como a felicidade, acredito que o conhecimento só é real quando compartilhado. De que adianta você saber tantas coisas e guardá-las só pra si? Não que eu me preocupe muito com a posteridade, mas acho que é através dessa troca de experiências que permanecemos vivos.
Aprendi isso no filme Na Natureza Selvagem |
Vivendo e aprendendo sempre! Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprediz... (parafraseando gonzaguinha)
ResponderExcluirAbs
Fábio
www.42afrente@blogspot.com