O nosso grupo de corrida tinha muitas Carol (Caróis? kkkk) e para diferenciar cada uma delas, os nossos professores inventavam apelidos. Umas eram chamadas pelo sobrenome, outras pelo segundo nome. A minha amiga Carol era a "Carol Rápida", pois mesmo quando estava com problemas nas costas, ela se recusava a desacelerar ou parar de correr. Penso que Carol poderia ter muitos outros apelidos além de "Rápida"; ela poderia ser Carol Sorridente, Carol Elétrica, Carol Carismática... bons adjetivos não faltam para descrever essa criatura. Foi com ela que corri as minhas melhores provas em Recife. E essa parceria só terminou por que em 2010 voltei para Teresina. Outra amizade para a vida inteira.
Mesmo morando longe, a parceria continuou. Não nos encontrávamos mais na pista para botar a conversa em dia, mas as redes sociais fizeram seu papel e nos mantiveram atualizadas. Pude curtir as fotos das corridas que as meninas participavam em Recife e compartilhamos nossas alegrias, vitórias e tristezas por mensagens e emails. Ontem, em uma dessas trocas de mensagens, Carol me avisou que havia atualizado seu blog. É por causa do último post dela que estou escrevendo esse texto. Minha amiga contou sua luta atual contra o câncer de mama desde a notícia no consultório do mastologista até as sessões de quimioterapia que ainda não terminaram.
Chorei de preocupação pela sua saúde, mas também de alegria pela sorte de ter uma amiga tão especial. Só mesmo a Carol para relatar com tanta sinceridade, naturalidade e positividade, uma doença que a nossa sociedade trata como tabu e as vezes até como uma sentença de morte. Ela não escreveu o post para inspirar pena, mas para ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma situação. Não tenho dúvidas de que ela vai atingir seu objetivo. Carol é o tipo de pessoa que tira fotos num centro cirúrgico e faz parecer fácil perder seus cabelos. É o tipo de pessoa que mostra que a quimioterapia não mata a auto-estima nem a disposição para malhar!!! Por essas e outras que a Carol é inspiração não só pra quem está com câncer de mama, mas também pra mim e pra todos os outros que as vezes esquecem da alegria que é estar vivo.
Duas vezes parceira: na corrida e na vida! |
ps. No começo do texto falei que tive três grandes parcerias na corrida, mas só falei de duas. Quando voltei pra Teresina passei um tempo sem correr, desestimulada pela falta de um grupo e principalmente de uma companhia ideal para correr. Só voltei a correr quando encontrei uns amigos que corriam e juntos nós viramos o nosso próprio grupo de corrida.
Que bonita história de superação Aline, o que me motivou a começar a correr também foi um cancêr de mama, na minha tia, quando eu estava chegando no hospital para visita-lá pela segunda vez depois de uma cirurgia na cebeça e não mais na mama, eu li o cartaz da corrida e caminhada contra o cancer de mama, isso me motivou a correr por ela, e pelo hospital IBCC que ajuda tanto essas pessoas.
ResponderExcluirHoje pós um ano minha tia está bem se recuperando ainda dos traumas e eu não parei de correr.
Forte Abraço e Viva a Vida !!!!
Léo
www.pisandoporai.blogspot.com
Léo,
ExcluirFico feliz que tenha dado tudo certo pra tua tia. Espero que um dia vocês corram juntos, já imaginou? Seria emocionante, né?
Eu tô torcendo pra minha amiga ficar boa logo e a gente possa comemorar numa corrida! Bjos
Uau! Muito legal suas histórias Aline. A vida é feitos desses encontros e desencontros. É para isso que vivemos.
ResponderExcluirAbraços,
Victor Caetano
corridaurbana.com.br
Quem não vive não tem história pra contar. Se isso for verdade, fico feliz de ter muitas histórias. Ainda que nem todas sejam felizes. :) Bjs
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