Viajar, comer e correr são três coisas pelas quais sou apaixonada. Mas as vezes é um pouco difícil conciliar essas paixões. Quando estou viajando gosto de provar coisas novas, restaurantes que ainda não fui, comidas diferentes das que eu costumo ter em Teresina, enfim, tudo o que você não pode fazer na véspera de uma corrida. Tive que abrir uma exceção, pois tenho muitos amigos em Brasília e sábado foi o dia escolhido para a nossa "confraternização"; um grande amigo nosso que passou uns dias na cidade iria embora à noite. Não dá pra você confraternizar num self-service comendo arroz integral e filé de frango grelhado, né? Dá? Não dá!
Primeiro sugeriram um chinês, mas como não sou muito fã da comida chinesa, alardeei que era muito gordurosa e pesada para comer na véspera da corrida. Meus amigos, muito compreensivos, sugeriram irmos para um restaurante de tex-mex food. Eu fui a primeira a vibrar com a ideia. Pimenta é o meu fraco. Fomos para o restaurante El Paso Texas Me convenci de que seria uma boa pedida, afinal comida mexicana tem muito abacate (gorduras do bem!) e pimenta (termogênico!). Agora dá até vontade de rir quando eu lembro desse meu raciocínio tosco, mas na hora fazia muito sentido. Pra completar a farsa, antes de fazer meu primeiro prato (era bufê) eu pedi logo um Pisco Sour (proteína da clara de ovo!). Pra brindar a amizade, compreendam.
Ainda na entrada eu fiquei encantada pelo restaurante. Com várias referências à cultura mexicana, a decoração com cores fortes e alegres funciona muito bem. Depois de apreciar o visual, fui conferir o bufê e fiz questão de ficar longe das frituras. No meu prato: muita salada, ceviche (o melhor que já comi na vida!!!), guacamole e um pouquinho de camarão. Tudo muuuuuito apimentado e gostoso. E dá-lhe Pisco Sour, risos e memórias. Muita felicidade. O problema é que uma pessoa acostumada a comer comida de passarinho (como uma amiga chama minha quinoa, granola, linhaça e afins) todo dia não iria sair incólume de um bufê de comida mexicanas. Nem mesmo acendendo uma vela para Frida Khalo!
Sim, eu fui vítima da vingança de Montezuma na véspera da minha tão esperada meia-maratona. Até aquele dia eu nunca tinha ouvido falar dessa tal vingança. Na mesa, um amigo meu que foi ao México esse ano falou sobre ela e contou que foi vitimado enquanto fazia um passeio pela Casa Azul de Frida. Eu não tive tanta sorte nem tanto glamour, minha única opção foi um banheiro químico quinze minutos antes da largada. E assim começou a minha Golden Four.
* A comida mexicana, fortemente condimentada provoca no estrangeiro fortes desarranjos intestinais, também chamada de Vingança de Montezuma - imperador Azteca da região invadida pelos espanhóis que ao se alimentarem com refeições apimentadas, eram castigados pelas cólicas.
Montezuma me despertou durante meu cochilo vespertino. =~~
ResponderExcluirIchi, deu piriri foi??
ResponderExcluirPimenta é um veneno antes do treino, já ouvi dizer.
E melhor rou depois? Conta aí...
beijinhos
Helena
http://correndodebemcomavida.blogspot.com.br/
@correndodebem
Deu demais, Helena!!! kkkkkk Mas não me atrapalhou não!! Eu sobrevivi :D
ExcluirBjooooo!!
Agora ta explicado porque os banheiros químicos ficam daquele jeito...rsrs
ResponderExcluirAbraços,
Victor Caetano
corridaurbana.com.br
HAHAHA Victor, eu pensei a mesma coisa!!! Nunca mais reclamo do fedor dos banheiros químicos kkkkkk
ExcluirHAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirainda bem q não atrapalhou!!! Vc é doida...tb amo comida apimentada, mas tem efeitos colaterais...rs
http://www.youtube.com/watch?v=LJlTVIyarxo&feature=player_embedded
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